"Eram duas da tarde, quando entrei naquele boteco que fedia a urina de cachorro. O lugar estava cheio de pessoas como eu, isto é, alcoólatras de baixo nível.
Num canto, uma única pessoa do sexo feminino, se é que se podia chamar aquilo de pessoa, quanto mais distinguir o sexo, devido a sua bizarrice. Sentei em frente ao balcão e o garçom, um sujeiro que mais parecia uma bicha velha precoce, me trouxe o de sempre: uma garrafa do vom e velho vinho de puteiro. Nada como um trago bagaceiro para lembrar de uma foda com uma vadia.
Lá pela quinta garrafa, aquela biboca, que quando cheguei, já era tão tediante quanto contar carneirinhos, agora se tornava insuportável.
Aquela mulher continuava naquele canto, sorvendo aos poucos copos e mais copos de gin-tônica. Mas agora, por algum motivo, ela já não parecia mais tão horrenda, e até os movimentos circulares que ela fazia sobre o copo de extrato de tomate me deixavam com tesão. Levantei de onde estava e fui até ela:
No meu apartamento tenho bastante vinho e uma garrafa de gin. O que achas?
Então ela me olhou com aquela cara de psicopata infantil, exitou alguns instantes e disparou:
Não neném, eu não costumo trocar fraldas!
Aquilo entrou no meu cérebro como uma dose de conhaque vencido. Não podia deixar assim. Aquela piranha não iria ganhar de mim. Coloquei a mão no meio das pernas dela e disse:
Olha aqui, querida. O neném aqui pode estar meio acabado, mas certamente tenho algo que vai agradar o meio das tuas pernas muito mais que minha mão!
Continuei a massagear aquele boceta, enquanto ela se retorcia e gemia. Estava usando uma saia que mais parecia um cinto, de tão curta. E gemia tão alto e estridentemente que a bicha hipodérmica que atendia o balcão olhou para ver o que acontecia. Não só ela, mas toda a cambada de bodegueiros presentes.
Está bem, vamos lá seu tarado. Mas se você não me deixar satisfeita, prometo que corto fora isso que você tem tanto orgulho, disse ela, com aquela ironia indolente que só as mal-comidas têm. Oh, baby, você não vai se arrepender, pode ter certeza!"
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