quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Esperança

nunca fui entusiasta das datas festivas. não gosto de parabenizar aniversariantes e meus votos de natal e ano novo são tão falsos que minha má vontade é perceptível. a motivação para isso não é a falta de educação ou qualquer outro sentimento mesquinho. apenas acredito que deve-se desejar felicidades às pessoas durante TODOS os dias do ano, sem exceção. de nada adianta encontrar um dia para agradar e deixar os outros passarem em branco.
mesmo assim, encontrei uma mensagem de final de ano do Poeta. para quem não é do rio grande do sul, ou não sabe, 'Poeta' é o nome pelo qual é conhecido mário quintana, que escolheu as letras e a poesia como ofício e, que com o passar do tempo, foi assim chamado por seus admiradores.
quintana era tido como alguém avesso às multidões, que preferia manter-se escondido como um anônimo. talvez por arrogância e presunção. talvez pelo contrário, por humildade. isso eu não sei. só sei que fazia muito bem o que se propunha: escrever. e essa mensagem de final de ano que ele compôs, chama-se 'esperança' e fala sobre um sentimento que todos TEMOS, mas que costumamos não dar o devido valor. afinal, como diz o mais correto ditado que existe, 'a esperança é a última que morre'. então eu fico na esperança de que as pessoas se conscientizem de que devemos ajudar e querer bem aos outros SEMPRE, que não há dia especial para sermos bondosos. e, principalmente, desejo que todos se agarrem na sua esperança e que se esforcem ao máximo para que ela se concretize, percebendo que nada é impossível quando damos o melhor de nós mesmos em nome do que desejamos.
e, já que estamos aqui, eu desejo que um 2008 de muitas realizações e felicidades.
Mário Quintana - Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

uma revolução ou um tiro no pé?

É bonito, interessnte, instigante e aquela coisa toda, ver bandas independentes, pequenas, comentando por aí o quanto é importante para elas que as pessoas escutem suas músicas, mesmo que seja baixando-as na internet, sem pagar direitos autorais e tals.
É legal porque a maioria desses grupos não tem muita coisa a perder. Talvez alguns dois ou três mil reais, que os deixarão rabugentos por alguns meses, mas que certamente, não seria catastrófico, a não ser para eles mesmos.
Mas eis que no último dia 10, o todo-poderoso da música alternativa mundial "Radiohead" decide lançar um CD novo. Até aí tudo bem. Tirando alguns detalhes exóticos (alguns nem tanto, na verdade): ele será disponibilizado na internet. E, de forma INDEPENDENTE (leia-se: sem a EMI por trás da história). E mais, Thom Yorke e sua trupe resolvem que o CONSUMIDOR tem o DIREITO de escolher o preço que pagará pelo disco, que pode variar entre ZERO e cem libras (isso mesmo, ZERO).
Uma tática bastante arrojada e ao meu ver, bem justa. Dá ao consumidor o direito de pagar o valor que ele JUSTO. Porque, hipocrisias a parte, tem uma penca de gente que quer MUITO poder comprar um cd e CONTRIBUIR para com seu artista favorito. Mas que se nega a pagar entre 30 e 40 reais por considerar esse valor irreal.
A idéia tem apenas um porém: assim como pode revolucionar a indústria fonográfica, criando uma nova e justa forma de venda de discos, pode ser um tiro contra o próprio pé, em que os artistas simplesmente estarão se "queimando" com as gravadoras e disponibilizando seus trabalhos gratuitamente para milhões de pessoas pelo mundo afora, sem poder, com isso, reclamar direitos autorais.
Mas, com dizem, quem viver, verá!!!!

Ah, sim, é claro. O nome do disco é "In Rainbows", e pode ser baixado no site http://www.inrainbows.com/
eu baixei... mas não foi de lá... e não paguei...
nem ouvi...
até pq isso é uma OUTRA história... =p

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

aprendendo

um dos maiores aprendizados que já tive, foi descobrir o quão importante é perder a vergonha. processo lento e difícil, com muita reflexão e discussão de princípios. mas cujos resultados são extremamente satisfatórios. aprender a lidar comigo mesmo, dar-se o direito de falhar, de errar, de extrapolar limites, de se desvencilhar de amarras ajudou a me tornar mais feliz, mais alegre, mais realizado. claro, é doloroso e acho que SEMPRE será. afinal, todos os dias, ao acordar, é preciso de defrontar com a realidade e realizar um grande processo de desapego. dói, mas é muito recompensador. e faz com que a cada noite, eu coloque a cabeça no travesseiro com a consciência tranqüila. afinal, mais importante do que satisfazer os outros, é satisfazer a si próprio. tentando o MÁXIMO possível não prejudicar ninguém. fora isso, acho que tudo é válido. INCLUSIVE LIGAR PARA QUEM A GENTE GOSTA QUATRO VEZES, NUM DOMINGO, A UMA HORA DA MADRUGADA. \o/

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Gettin' mad

sometimes I feel so happy
sometimes I feel so sad
but mostly you just make me mad
baby you just make me mad
música que LEMBRA e provavelmente sempre LEMBRARÁ o feriado de 7 de setembro. relação NENHUMA com a data histórica. mas total com minha vida e meus momentos durante esse período. em todos os anos, desde 2001. é muita coincidência. mas é ENGRAÇADO ficar pensando o que vai acontecer. pq SEMPRE acontece algo muito bom.
;D
obrigado por todas as pessoas que passaram na minha vida nesse período, em cada um dos anos. ficarão para sempre....
** and I'll ever think about you, rãni!

sábado, 1 de setembro de 2007

A quatro mãos

história iniciada entre eu e uma menina foufa aí, ainda em fase de construção... talvez nunca TERMINE...
é o mais provável...
mas, quem sabe
{no futuro, insira um título aqui}
"enquanto passava pelas árvores, a menina cantarolava a mesma canção dos pássaros. nem se importava se estava saindo do caminho de casa. afinal, ali não era mais o bosque em que morava quando pequena. ali era cidade grande, cheia de ruas sinalizadas e com referências.
uma menina faceira, menina de maria-chiquinha, princesa de uma era perdida. Julgava-se princesa escondida na camisola da mãe, seu castelo agora um arranha-céu. sonhava com uma lata de biscoitos, não a queria cheia, queria vazia para encher com bilhetes, fotografias, caderneta escolar, santinhos, embalagens de bala, chocolate.. hmmm Era outono, noite com brisa leve, estrelas a contemplar. A lua seguia baixa, talvez com sono, querendo se espichar.
ela andou, andou, andou, até molhar os pés no mar, e lá ficou, a contemplar as estrelas. sentiu arrepios ao sentir a água salgada e turva. era fria. mas não era só isso. tinha alguma coisa que sua mente queria recordar mas não conseguia. mas naquela hora não importava. ali era só ela, o mar, as estrelas e a lua. ali era tudo. e mais nada.
deitou-se. os cabelos tocavam a areia, ainda úmida da maré alta. seriam dias a reclamar da sujeira que não saia. mas, naquele instante, aquilo nem lhe passou pela cabeça. as marolas tocavam-lhe os pés e seguiam até quase a cintura. naquele outono, as noites quentes eram incomuns. tão incomuns como as idas à praia. e lá, deitada, olhos abertos a contemplar o céu, a advinhar desenhos nas núvens escuras que cobriam algumas estrelas, lembrou-se da sua infância."

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

yeaaaaaah man

hojé é quinta... dia de campus 3... talvez o dia mais esperado da semana.. hahahahahahaha
reunir-se com amigos, beber, falar bobagens, divertir-se...
desestressar depois de toda uma semana chata e cheia de trabalho...
aposto em novos rumos, agora...
caminhos sem luz, para descobrir-se no palmo...
bora lá
\o\/o/
ainda tem amanhã... mas não importa rá!

domingo, 12 de agosto de 2007

saudade

saudades da infância. de brincar de esconde, de pegar. de estudar enquanto os outros meninos jogavam futebol. de jogar xadrez enquanto os outros meninos jogavam futebol. de jogar vídeo-game enquanto os outros meninos jogavam futebol. dos meus primeiros anos, em que me sentia tão diferente dos outros.
cansei dos dias atuais. de ser quem eu sou. de ter mudado tanto. de continuar vivendo o que vivo hoje. cansei dos abusos e excessos que cometo. das situações desagradáveis e preocupantes que eles trazem. quero minha infância de volta. e jogar xadrez e vídeo-game. e estudar. e brincar de esconder e de pegar. e quero minha avó também.... =(

os matadores

título idiota para um post idiota. mas sobre uma banda muito afudê, embora descoberta com relativa demora. the killers, liderada pelo às vezes bigodudo, às vezes não bigodudo, mas sempre carismático, dançarino e barrraqueiro vocalista Brandon Flowers, foi a grande descoberta de 2007. com dois discos matadores - Hot Fuss, de 2004 e Sam's Town, do ano passado - o grupo demonstra que é possível fazer indie rock de qualidade sem entrar na modinha strokes. músicas potentes e afinadas, falando sobre mortes, sexo, drogas e até mesmo vítimas de AIDS que freqüentavam o tão famoso Studio 54. os matadores conseguiram mais do que fazer um disco inteiramente bom. eles fizeram DOIS discos inteiramente bons. pretendo, ainda essa semana tirar a barba e deixar só o bigodinho, em homenagem a Mr. Brandon brightside Flowes.
hahahahahaahaha

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Amanhã farão exatamente DOIS MESES...
dois meses do último show dos hermanos, antes do recesso...
coisa linda.... com cara de até logo...
e hoje, exatos 60 dias depois (porque os meses nem sempre tem 30 dias =p), eu os ouvi novamente. com força... várias músicas seguidas...
e um filme se passou na minha cabeça...
coisas aconteceram...
boas e ruins...
e eles, foram trilha sonora de boa parte dos acontecimentos... a
gora, 8 anos depois de ter escutado "primavera" pela primeira vez, num cd encartado na extinta showbizz, eu vejo que sou um cara mais FELIZ...
talvez com mais carga (de acontecimentos bons e ruins)...
mas a vida é feita de EXPERIÊNCIAS...
e, nesses 8 anos, eu sempre preferi o amarante ao camelo...
e nem ligo que ele copie a minha barba ruiva...
afinal, eu copiei do rivers cuomo...
sempre, em todos os momentos, eu preferi ele...
mas hoje, EXATAMENTE hoje, oito anos e quatro discos depois, no dia 8 de agosto de 2007, eu prefiro o camelo... e aí está a música que me fez decidir isso...
mas, como já disse e repeti e vou dizer de novo: SÓ HOJE
amanhã, ninguém sabe.
Pois é
Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
Avisa que é de se entregar o viver
Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

um completo bundão

e todo mundo sabe disso... e concorda...
devo algumas desculpas pelo final de semana...
penso num presente, talvez...
só não sei como entregar.... hohohohoho
coisas ESTRANHAS acontecendo...
;p

ah, sim... além de presentear, queria agradecer....
minha vontade de ESCREVER voltou.
mas, mesmo assim...
que morra o JORNALISMO...
e toda a comunicação social...
to the hell, bee!

terça-feira, 31 de julho de 2007

ambivalência

nem tudo passa... nem tudo fica... nem tudo é.... e nem tudo deixa de ser... mas tudo acontece... tem seu tempo... e na ambivalência fim/não-fim, o que sobra é o que deve sobrar... e nada mais... dos momentos, se extirpa o ruim... e se guarda o bom... mas isso, só o tempo prova... o senhor dos senhores... o tempo... mais poderoso que qualquer império, que qualquer exército, que qualquer governante, que qualquer fenômeno... tudo em tempo e ao seu tempo... o que foi, foi... o que será, será... o que importa é o que ACONTECE AGORA.... o resto é TEMPO, somente TEMPO...

terça-feira, 24 de julho de 2007

...

Às vezes eu entendo porque ex-colegas de faculdade, depois de pouco tempo trabalhando na profissão de jornalista, desistem do ofício. A forma como a mídia explora as notícias, em alguns casos, extrapola os limites do bom senso. Vide o acidente com o vôo 3054, da TAM, há uma semana atrás. Até hoje as mesmas notícias são REPETIDAS exaustivamente pelas redes de comunicação (o número de mortos, as causas prováveis, o destino das caixas pretas, o perfil das pessoas que estavam no avião, etc., etc., etc.), tirando a paciência do público e desrespeitando as famílias que perderam seus queridos. Casos como esses me fazem repensar a escolha do meu curso de formação e a profissão na qual eu quero seguir. Mas isso é apenas uma DIVAGAÇÃO. Talvez no futuro consigamos mudar as coisas. Vai ser difícil, eu sei. Mas é para isso que estamos aí. É por isso que escolhemos o jornalismo. Porque somos, na maioria, idealistas. Idealistas que perdem o ideal, é verdade, mas que sempre guardarão uma parte dentro de si. E que poderão usá-lo algum dia em benefício à nação. E, que se foda esse papinho meloso. Que se foda o jornalismo também. Pelo menos por hoje.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

sobre ditadura, julgamentos e coisas afins

É engraçado (no sentido de interessante) perceber como SEMPRE existem posições divergentes sobre um assunto. Até para temas considerados 'pontos pacíficos', como por exemplo, a aversão ao Nazismo, há aqueles que tiram essa 'pacividade'. Ontem, me encontrava em uma roda de senhores, todos com seus 50 anos no mínimo e, entre um copo de vinho e outro, veio à baila, como sempre acontece, a 'política'. Falava-se de corrupção, de roubalheira, de impunidade, de todas essas coisas que todos adoram dar palpite, por menos informados que sejam. Até que um desses senhores decidiu manifestar seu descontentamento para com a democracia, argumentando que 'bons tempos mesmo eram os da ditadura militar, onde ladrão ia para a cadeia'. Fiquei um tanto quanto impressionado com uma defesa tão simplista e equivocada. Mas eu, na insignificância dos meus 24 anos de inexperiência, respeitei-o e fiquei apenas pensando: ¿em que cadeia ou túmulo estão aqueles que autorizaram a construção das 'obras faraônicas¿, como a Transamazônica? Como foram punidos aqueles que torturaram e mataram que era contra o regime? O que aconteceu com os mandatários que cercearam o direito de voto de pelo menos 18 milhões de brasileiros, que censurou a imprensa e o povo? E, no campo econômico, onde estão aqueles que elevaram nossa dívida externas as alturas? Na CADEIA, que é o lugar de bandido. Infelizmente não!' Bom, esses foram alguns dos meus pensamentos. Eu apenas não os externei por respeito a idade do sujeito e porque eu apenas LI sobre o assunto, ele VIVEU. Então talvez ele tenha mais direito que eu para falar sobre isso. Mas fica a dica para que as pessoas procurem viver as coisas. E aquilo que não foi vivido por elas, que não seja julgado sem se ter noção concreta do TODO. Porque é muito fácil acusar um ponto de vista e defender a outro com base em arbitrariedades, sem conhecimento. Assim é muito fácil. Mas, se depois de conhecer vários pontos de vista diferentes e analisá-los, alguém achar que tem o direito de opinar, que o faça, com a consciência tranqüila!
=)

terça-feira, 19 de junho de 2007

Tristes dos que procuram FORA de si respostas, porque lá só há espera*

espanta-me ver como as pessoas mudam, como elas se se tornam COMPLETAMENTE diferentes em espaços de tempo tão curtos. não é incomum eu ficar algumas semanas ou meses sem ver alguém e perceber que esse alguém se tornou OUTRA PESSOA. não que isso seja bom ou ruim. mas, para mim, é ESTRANHO. é difícil ver que nossos queridos, no qual foram compartilhados tantos momentos, não são mais os mesmos. mas isso nem é o pior. mais complicado é conseguir entender que mesmo assim elas merecem o mesmo carinho que lhes era concedido. afinal, as vezes as mudanças são tão GRANDES, que eu me sinto perdido. talvez porque eu sempre tente manter uma distância RAZOÁVEL de todo mundo, para não me envolver muito. e, assim, enganar a mim mesmo que EU NÃO MUDEI. porque eu vejo que as transformações acontecem por influências externas: amigos, família, colegas. e eu não quero me responsabilizar por isso. como no pequeno príncipe és eternamente responsável pelo que cativas ou algo do tipo. assim, além de me eximir da responsabilidade pelos outros (o que também pode ser chamado de MEDO de se envolver) eu posso ter certeza que as MINHAS mudanças são fruto de mim mesmo, sem grandes interferências externas. Transformar-me e ter responsabilidade por mim já é o suficiente.
* paráfrase a música da banda hamburguense Blanched chamada tristes dos que procuram dentro de si respostas por que lá só há espera