quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma obrigação de um dia ou um prazer diário?

Decididamente não tomo jeito. Me atrasei – ou, repassando a culpa, me atrasaram – hoje de manhã e perdi o ônibus que me larga aqui perto do trabalho. Tive de ir ir até a rodoviária e vir em outra linha, que me deixa no Centro de Porto Alegre. A falta de dinheiro me obrigou a tomar uma decisão que, momentaneamente, não me agradou em nada: caminhar do centro até meu trabalho.
Não que o trajeto seja muito longo. Mas minha preguiça e meu desleixo por atividades físicas me deixaram com muita preguiça. Infelizmente (ou felizmente) não tinha muita escolha.
E lá se foi o Fagner pelas ruas de Porto Alegre. Decidido a transformar aquela caminhada numa experiência divertida.
E realmente foi. Passando pelas ruas do Centro, percebe-se os seres mais diversos: mendigos, prostitutas, estudantes, engravatados, alternativos, são apenas alguns dos tipos que encontramos. Fora o fato de SEMPRE encontrarmos algum conhecido ou algum contato interessante.
Mas o mais legal de hoje de manhã era o sol, as ruas, os prédios. Sentir-se vivo em meio ao caos matinal da capital gaúcha. Experiência que vale por mil horas dormindo em ônibus semi-leitos com ar-condicionado.
Pretendo que essa manhã possa se repetir com frequência e que não fique na memória como uma obrigação realizada devido a uma necessidade e sim um prazer que deve se tornar relativamente rotineiro.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tem cinco minutos?

Então curte a viagem, que foda!!!

"tristes...

dos que procuram dentro de si respostas porque lá só há espera" - Blanched
http://tramavirtual.uol.com.br/mp3PlayerW.jsp?id_musica=9806
Acho que hoje a noite posto essa música em um player direitinho. E essa tarde, talvez, falo mais sobre a banda.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um aquário sem peixes...

Hoje, por volta do meio dia, minha mãe ligou aqui no trabalho. O Lino, meu peixe, morreu. Um beta simpático mas, como todo o peixe, não muito interativo. O Lino já vinha sofrendo há algum tempo. Andava inchado, não se mexia, ficava em posições muito esquisitas dentro d'água (até mesmo para um peixe).
Pelo que minha mãe contou, o estado dele não era dos melhores e ele estava cheio de organismos que, segundo ela, pareciam fungos.
Uma pena que a natureza tire de nós coisas que tem um simbolismo tão forte como nossos animais de estimação. Uma pena mesmo!

ta na hora...

de me preocupar com o layout desse blog. ou não!

Me complicando

Deveria estar dormindo. Mas a vida é dura para quem tem insônia (e conhece pessoas exibicionistas). Amanhã tenho explicações a dar no trabalho. Estou meio que fodido para dizer a verdade.
Acho que fui!

domingo, 26 de abril de 2009

família, família

pouca gente sabe que eu tenho um irmão. ele é 9 anos mais novo que eu e mora com a mãe dele em florianópolis. quis o destino - e nossas vontades - que nos distanciássemos. mas, não há nenhum rancor, nenhuma mágoa. muito pelo contrário, a gente se gosta muito. mas, sabe como é, né? a vida segue e cada um segue e cuida da sua.
enfim, esse final de semana ele foi para a serra visitar minha avó. aproveitei e me toquei pra lá, também, para matar a saudades de duas pessoas especiais de uma vez só. e o final de semana realmente foi especial. caminhamos, conversamos sobre a vida, sobre futebol, sobre mulheres, sobre o raio que o parta. e ainda arrumamos tempo para fazermos nossa primeira noitada juntos: um bar rock onde rolou show de uma banda cover de raul.
também revi primas que não via há muito tempo - a gabi e a flávia - e meu priminho, o gabriel. só duas coisas fizeram com que o final de semana não fosse perfeito: problemas familiares entre minha avó e uma prima rebelde e ter que ir embora.
mas a vida segue!

sábado, 25 de abril de 2009

Subindo a Serra

Mais uma vez rumo à Serra. Agora para visitar minha família. Em tempo, né? Tenho dado muito pouco valor a ela! Está realmente na hora de mudar algumas coisas na minha vida. Tenho certeza disso!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Remix de Bohemian Rapsody feito por computadores velhos

muito massa!

Repost...

o quintana tem uma poesia que já postei aqui há um tempo atrás. é mais ou menos uma mensagem de final de ano, que fala sobre esperança. e é exatamente esse o título da poesia. decidi recolocá-la aqui de novo porque acho que é nela que eu tanto me agarro nos últimos tempos.

Mário Quintana - Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O gim-tônica

"Eram duas da tarde, quando entrei naquele boteco que fedia a urina de cachorro. O lugar estava cheio de pessoas como eu, isto é, alcoólatras de baixo nível.
Num canto, uma única pessoa do sexo feminino, se é que se podia chamar aquilo de pessoa, quanto mais distinguir o sexo, devido a sua bizarrice. Sentei em frente ao balcão e o garçom, um sujeiro que mais parecia uma bicha velha precoce, me trouxe o de sempre: uma garrafa do vom e velho vinho de puteiro. Nada como um trago bagaceiro para lembrar de uma foda com uma vadia.
Lá pela quinta garrafa, aquela biboca, que quando cheguei, já era tão tediante quanto contar carneirinhos, agora se tornava insuportável.
Aquela mulher continuava naquele canto, sorvendo aos poucos copos e mais copos de gin-tônica. Mas agora, por algum motivo, ela já não parecia mais tão horrenda, e até os movimentos circulares que ela fazia sobre o copo de extrato de tomate me deixavam com tesão. Levantei de onde estava e fui até ela:
No meu apartamento tenho bastante vinho e uma garrafa de gin. O que achas?
Então ela me olhou com aquela cara de psicopata infantil, exitou alguns instantes e disparou:
Não neném, eu não costumo trocar fraldas!
Aquilo entrou no meu cérebro como uma dose de conhaque vencido. Não podia deixar assim. Aquela piranha não iria ganhar de mim. Coloquei a mão no meio das pernas dela e disse:
Olha aqui, querida. O neném aqui pode estar meio acabado, mas certamente tenho algo que vai agradar o meio das tuas pernas muito mais que minha mão!
Continuei a massagear aquele boceta, enquanto ela se retorcia e gemia. Estava usando uma saia que mais parecia um cinto, de tão curta. E gemia tão alto e estridentemente que a bicha hipodérmica que atendia o balcão olhou para ver o que acontecia. Não só ela, mas toda a cambada de bodegueiros presentes.
Está bem, vamos lá seu tarado. Mas se você não me deixar satisfeita, prometo que corto fora isso que você tem tanto orgulho, disse ela, com aquela ironia indolente que só as mal-comidas têm. Oh, baby, você não vai se arrepender, pode ter certeza!"

terça-feira, 21 de abril de 2009

The Cure - Trust

there's no-one left in the world
that i can hold onto
there is really no-one left at all
there is only you
and if you leave me now
you leave all that we were
undone
there is really no-one left
you are the only one

and still the hardest part for you
to put your trust in me
i love you more than i can say
why won't you just believe?


saudades...

domingo, 19 de abril de 2009

we hope you enjoy your stay. it's good to have you with us. even if it's just for the day
*com um pianinho de fundo, para acompanhar*
dedicada a todas as pessoas que de alguma forma passaram pela minha vida!
=)
cheers!

sobre escrever e sobre ti

queria escrever um poema... mas não sei... queria escrever um conto... mas não sei... queria escrever uma crônica... mas também não sei...
tudo o que sei é jogar palavras... no papel, na tela do computador... palavras cuspidas, vomitadas, atiradas ao acaso...
como num blefe de pôquer.... em que, apesar de toda a técnica e conhecimento, no final apenas se torce para que tudo de certo... tudo esteja na posição correta, no momento correto...
agora atiro palavras sobre nada... sobre tudo... sobre viver... sobre sentir... sobre confusão...
palavra sempre presente na minha vida: confusão... não me sinto apaixonado... longe disso... mas queria te ver... novamente...
pq na primeira vez que encostei no teu ombro, me senti confortável, me senti no lugar certo... aconchegado...
como eu disse há pouco, me transformei novamente em um adolescente... gracias =)
p.s.: os textos parecem tristes.... mas não o são... são apenas contemplativos... e a contemplação sempre nos leva ao íntimo, ao que está escondido... ao que é sorriso tapado com a mão, que mais parece choro...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

transgressões

o bar era bonito e pouco iluminado. capas de discos antigos e quadros de artistas alternativos decoravam a parede. a cerveja estava gelada. discutíamos sobre língua portuguesa. as opiniões não mudaram. nem as leituras dos cânones da linguística – que defendem a simplificação da linguagem escrita – a faziam mudar de idéia. para ela, a língua escrita deveria seguir ESTRITAMENTE as regras gramaticais e de ortografia. na língua falada, sim, era possível ter maior liberdade.
o exemplo dado era o seguinte:
- posso aceitar que alguém fale 'três pãozinho', mas não posso ser conivente com quem escreve assim.
eu sempre fui um cabeça-dura do contra e, como sempre, defendia a linguagem como algo mutável e popular, que deveria seguir as maiorias e primar pela essência comunicativa. falei que acreditava no fim das regras ou, pelo menos, na minimização delas ao essencial. afinal, se escrevesse todo este texto SEM ACENTOS, seria compreendido, com certeza.
a conversa parecia interminável e longe de um desfecho conciliador. só havia uma forma de acabar com aquilo.
entrelacei meus braços em volta a sua cintura, como fazia sempre que estava brava e beijei seu ombro. ela se calou. beijei seu rosto e acariciei seus cabelos castanhos-escuros, quase negros. disse o quanto a amava e que NENHUMA REGRA: gramatical, ortográfica ou de sintaxe; mudaria aquilo. que éramos maiores.
finalmente, ela se entregou as minhas carícias. a partir daí, o bar era pequeno para nós dois. o mundo e o universo eram pouco para o que sentíamos. em êxtase, nos refugiamos no único lugar onde caberíamos e nos transformaríamos nossos corpos em apenas um...