O que era carranca se tornou sorriso. O mau humor se transformou em alegria. O antigo silêncio matinal deu lugar ao bom dia. O sono, que antes a perseguia até tarde da manhã, agora vai embora bem cedinho para deixá-la sair a rua. E, todas as manhãs, às sete horas, ela o leva até o portão do prédio. Espera que ele monte sua moto e saia soltando fumaça, vestindo sua surrada regata branca. Os que passam acabam pensando: a regata e a 125 cc devem ser as únicas coisas que ele pode oferecer a ela. Mas o sorriso deles faz todos perceberem que aquilo que um oferece ao outro lhes basta. Dizem que é isso o que chamam de felicidade.
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