quarta-feira, 1 de julho de 2009

Gay Talese

Embora não tão importante quanto Hunter S. Thompson na minha opção pelo jornalismo, Gay Talese foi uma das figuras que realmente influenciaram a decisão de seguir esta carreira (que, aos 26 anos, ainda nem começou).


Agora, Talese ganha um pouco mais de importância - juntamente com Thompson e outros nomes do Gonzo e New Journalism: será parte do meu trabalho de conclusão de curso, que começo a elaborar, oficialmente, hoje.

Me frustra, entretanto, saber que o cara acabou de chegar no Brasil para a Festa Literária Internacional de Paraty para falar, neste sábado, sobre "Fama e Anomimato". E eu NÃO PODEREI assistir.

Tenho desejo de participar de um Flip desde a primeira edição. Mas. questões financeiras e relativas a compromissos de trabalho (e aula) sempre impediram.

Infelizmente ainda não será neste ano.

Um adendo
Na verdade, lembrei do Flip porque encontrei casualmente uma matéria no site do Estadão falando sobre a chegada do Talese. Gostei da opinião dele quando perguntado sobre o fim da obrigatoriedade do jornalismo. A resposta veio precisa e coerente, como é de se esperar de um bom contador de histórias:

Eu não acho que escolas de jornalismo sejam necessariamente o melhor lugar para aprender jornalismo. Mas, por outro lado, boas escolas de jornalismo ensinam princípios que costumam ser ignorados com frequência. Como, por exemplo, equidade, precisão, objetividade e completude. E como pesquisar profundamente um assunto.

Uma diferença entre os jovens jornalistas de hoje e os colegas de minha geração é que nós fazíamos mais pesquisa, investíamos mais tempo, andávamos mais e não confiávamos muito no telefone. E, não se esqueça, o telefone era a tecnologia do momento quando eu era jovem, seguido mais tarde pelo gravador de fita. Eu nunca uso gravadores de fita. E não fazia entrevistas pelo telefone, pois queria ver, olho no olho, a pessoa com quem eu estava conversando. Eu queria estudar sua linguagem corporal e absorver a atmosfera do lugar onde a entrevista ocorria.

Nenhum comentário: