quinta-feira, 13 de maio de 2010

O começo

Pode-se dizer que tudo começou na faculdade, afinal, eram colegas. Talvez no show em que se encontraram e conversaram pela primeira vez. Sim, seria mais razoável. Ele realmente tinha aquela data como o marco. Mas não do jeito como imaginam. Não foi quando ele a beijou que tudo começou, nem quando eles saíram dali e, entorpecidos pelo álcool, vagaram por bares estranhos e terminaram a noite sozinhos. Foi justamente nesse momento que as coisas começaram a se transformar.

Ali, sem ninguém por perto, ele descobrir que estava diante de algo muito mais interessante que um rostinho bonito. A capacidade de impor-se, a força que transmitia, a força de personalidade, o erotismo; tudo isso o encantou. Deu-se conta que, para o bem ou para o mal, não havia, até então, conhecido alguém como ela.

Aquela situação fez com que sentisse algo muito estranho. Algo que já havia sentido, mas nunca de forma tão imediata e intensa. Era assustador. Mas, ao mesmo tempo, naquele momento, era o sentimento mais bonito que já o acometera. De outra forma, não se pode dizer que a noite tenha sido perfeita. Alguns probleminhas de percurso ocorreram e, acho que para ela, a situação foi meio decepcionante. Tudo levava a crer que aquela seria uma noite como qualquer outra, onde um cara conhece uma mulher interessante, os dois aproveitam (ou não) o momento e, seguem seu rumo.


Claro. Era isso o que aconteceria, não fosse o fato de, no momento em que ela dormiu, ele estava abraçado nela. Para não acordá-la, assim passou a noite inteira. E nas horas que passaram até o despertar dela, ele a admirou e, sentindo o corpo dela junto ao seu, se enamorou.

Ela acordou, e ele a beijou e a abraçou como se aquela fosse a única coisa que ele poderia fazer. E, quando ela sorriu, ele deixou escapar aquilo que já tinha certeza: “acho que estou me apaixonando por ti”. E, pela primeira vez na vida, ele percebeu que poderia estar amando alguém!

A história deles, depois disso, todo mundo sabe.