quarta-feira, 20 de junho de 2007

sobre ditadura, julgamentos e coisas afins

É engraçado (no sentido de interessante) perceber como SEMPRE existem posições divergentes sobre um assunto. Até para temas considerados 'pontos pacíficos', como por exemplo, a aversão ao Nazismo, há aqueles que tiram essa 'pacividade'. Ontem, me encontrava em uma roda de senhores, todos com seus 50 anos no mínimo e, entre um copo de vinho e outro, veio à baila, como sempre acontece, a 'política'. Falava-se de corrupção, de roubalheira, de impunidade, de todas essas coisas que todos adoram dar palpite, por menos informados que sejam. Até que um desses senhores decidiu manifestar seu descontentamento para com a democracia, argumentando que 'bons tempos mesmo eram os da ditadura militar, onde ladrão ia para a cadeia'. Fiquei um tanto quanto impressionado com uma defesa tão simplista e equivocada. Mas eu, na insignificância dos meus 24 anos de inexperiência, respeitei-o e fiquei apenas pensando: ¿em que cadeia ou túmulo estão aqueles que autorizaram a construção das 'obras faraônicas¿, como a Transamazônica? Como foram punidos aqueles que torturaram e mataram que era contra o regime? O que aconteceu com os mandatários que cercearam o direito de voto de pelo menos 18 milhões de brasileiros, que censurou a imprensa e o povo? E, no campo econômico, onde estão aqueles que elevaram nossa dívida externas as alturas? Na CADEIA, que é o lugar de bandido. Infelizmente não!' Bom, esses foram alguns dos meus pensamentos. Eu apenas não os externei por respeito a idade do sujeito e porque eu apenas LI sobre o assunto, ele VIVEU. Então talvez ele tenha mais direito que eu para falar sobre isso. Mas fica a dica para que as pessoas procurem viver as coisas. E aquilo que não foi vivido por elas, que não seja julgado sem se ter noção concreta do TODO. Porque é muito fácil acusar um ponto de vista e defender a outro com base em arbitrariedades, sem conhecimento. Assim é muito fácil. Mas, se depois de conhecer vários pontos de vista diferentes e analisá-los, alguém achar que tem o direito de opinar, que o faça, com a consciência tranqüila!
=)

terça-feira, 19 de junho de 2007

Tristes dos que procuram FORA de si respostas, porque lá só há espera*

espanta-me ver como as pessoas mudam, como elas se se tornam COMPLETAMENTE diferentes em espaços de tempo tão curtos. não é incomum eu ficar algumas semanas ou meses sem ver alguém e perceber que esse alguém se tornou OUTRA PESSOA. não que isso seja bom ou ruim. mas, para mim, é ESTRANHO. é difícil ver que nossos queridos, no qual foram compartilhados tantos momentos, não são mais os mesmos. mas isso nem é o pior. mais complicado é conseguir entender que mesmo assim elas merecem o mesmo carinho que lhes era concedido. afinal, as vezes as mudanças são tão GRANDES, que eu me sinto perdido. talvez porque eu sempre tente manter uma distância RAZOÁVEL de todo mundo, para não me envolver muito. e, assim, enganar a mim mesmo que EU NÃO MUDEI. porque eu vejo que as transformações acontecem por influências externas: amigos, família, colegas. e eu não quero me responsabilizar por isso. como no pequeno príncipe és eternamente responsável pelo que cativas ou algo do tipo. assim, além de me eximir da responsabilidade pelos outros (o que também pode ser chamado de MEDO de se envolver) eu posso ter certeza que as MINHAS mudanças são fruto de mim mesmo, sem grandes interferências externas. Transformar-me e ter responsabilidade por mim já é o suficiente.
* paráfrase a música da banda hamburguense Blanched chamada tristes dos que procuram dentro de si respostas por que lá só há espera