quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Jornalismo e o resgate histórico

Minha primeira opção como profissão nunca foi o jornalismo. Talvez nem a segunda. Nem a terceira. Mas, por culpa daqueles caprichos do destino, ali caí. Mesmo assim, sempre soube porque estou neste caminho. Se perguntam, respondo de pronto: resgate histórico.

Jornalismo é, em essência, resgate histórico. Não exatamente como a história – essa sim, minha primeira escolha, se a tivesse – que recria o passado por meio de documentos históricos precisos e o reconta. Mas como 'arquivamento' do presente. É, normalmente, o jornalista quem marca na história os grandes acontecimentos. É ele que recria o presente e ajuda a decidir o que ficará para a história.

“Jornalismo é uma merda, é manipulação”, muitos disseram, dizem e dirão. É, realmente. Mas só se quisermos. A mídia de massa é realmente dúbia, mas existem outros caminhos, que mesmo se trilharmos sozinhos, valem a pena. Eles não nos levam à glória, à fortuna, ao estrelato. Mas nos trazem orgulho, prazer, satisfação pessoal. E o que é mais importante que isso para os que tem escrúpulos e espírito de fraternidade?

Resgate histórico. Essa é a expressão. Que passa – pelo âmbito profissional – pela apuração minuciosa dos acontecimentos, contextualização dos fatos e, principalmente, espírito de coletividade.

Aos que acham graça, pensam e (se) perguntam: “resgate histórico para quê?”, a resposta é: conhecer os erros do passado é a única forma de fazer com que eles não mais aconteçam.

Replicam: “isto não existe, eles sempre se repetem, mesmo com as pessoas tendo ciência”.

Então imagina se elas não conhecessem!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

(..)

O que vocês lerão a seguir pode assustar alguns (heheheh). Mas eu me apego muito às pessoas. Sim, é verdade. Por traz da postura meio arrogante e das piadinhas constrangedoras e sem noção ainda bate um coraçãozinho. E lá estão todas as pessoas que foram e importantes na minha vida.

Foram, são e sempre serão, na verdade. Porque - e é nesse sentido que falo do meu apego - elas NUNCA deixarão de ser importantes. E os acontecimentos das vidas delas se refletem em mim.

Há cerca de três semanas a minha Neni contou sobre o desdobramento de um problema de saúde que ela vem lutando há anos. A situação havia evoluído e ela teria que fazer alguns exames para saber o quão grave estava. Mas nossas conversas incluíam piadinhas sobre a possibilidade de ser REALMENTE GRAVE, bem naquele estilo de 'brincadeira em que se diz a verdade'.

Mesmo sem vê-la há anos, também, fiquei assustado e meus pensamentos eram dela várias vezes por dia. Confesso que, como um bom chato, enchi o saco dela para saber o que exatamente estava acontecendo. Mas tive que ficar na ansiedade.

Hoje, me chamou no msn (ah, o mundo virtual. o que seria de mim sem ele?). Está com alguns problemas, sim. Não me falou a gravidade deles. Mas, em princípio, não é nada tão grave como se imaginava.

Sinceramente? O coraçãozinho ficou quilos mais leve. E essa notícia, por mais que não seja uma "ótima" notícia, iluminou meu dia.

Desejo-te sorte, Neni. E que saibas que, mesmo com toda a distância, estarei sempre "perto".

Afinal, como dizíamos: porque é mais de amar, meixmo!