domingo, 30 de agosto de 2009

Dia dos Amantes!

Don't stop laugh and scream!
And have the neighbors call the cops!



Ao dia em que acreditei que tudo poderia ser diferente. E certo!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vale a pena!

E pela primeira vez, depois de quase três mesese, ele percebeu. Era alguma coisa naquele sorriso. Ou talvez os olhos brilhando. Ou o estranho interesse por assuntos que aparentemente não tinham nenhuma relação com o cotidiano dela. Ou todas as coisas juntas.

Naquele dia se deu conta que tudo recomeçava. E que mais uma vez a montanha russa estaria pronta para o passeio de subidas, descidas e, por que não, momentos em que tudo pareceria estar de cabeça para baixo.

Então ele teve consciência que por mais repetitiva que fosse aquela sensação, ela sempre seria surpreendente. E ele não tinha a menor chance e lutar contra.

A percepção de mais um ponto fraco não o abalou. Sabia que valia a pena. Por aquele sorriso, pelos olhos vivos, pela conversa jogada fora. E, mesmo sem saber o que tudo aquilo significava, sabia que estava disposto. Afinal de contas sempre vale a pena!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um grande mal estar

Em lugar como o que vivemos hoje, é muito fácil perdermos nossa humanidade, nossa empatia. Me tornar uma pessoa desprovida de sentimentos nunca esteve nos meus planos. Principalmente porque eu já me considero alguém um tanto frio. E, neste sentido, sempre trabalhei formas de tentar ser alguém que se preocupa com os outros. E tinha uma certeza firme que estava, aos trancos e barrancos, mantendo-me no caminho certo. Até ontem a noite, quando percebi que estava redondamente errado.

Parado em uma das inúmeras ruas boêmias de Porto Alegre, vejo um mendigo. Um gurizão que não deveria ter mais de 20 anos. Pedia dinheiro às pessoas na rua. Parou do meu lado e disse algo como:

- Sr., tenho vinte centavos. O Sr. não me consegue mais noventa centavos pra eu comprar uma bolacha?

Meus últimos quatro reais estavam no bolso das calças junto a duas moedas de dez centavos. Chegou a me passar pela cabeça que o rapaz realmente queria a bolacha. Mas esse pensamento logo foi soterrado por um simples e contundente 'nah'.

E, pensando que com aquela grana eu poderia comprar uma cerveja ou um cigarro, preferi repassar os vinte centavos a ele, para que ele comprasse as 'bolachas' (que para mim poderia ser um tiro de trago, alguns cigarros avulsos ou um engorde pra uma pedrinha, menos bolachas).

Sentia-me com o dever cumprido. Sei como é não ter dinheiro para uma cerveja, para um cigarro e sempre procuro contribuir com alguma coisa. Segui meu caminho, crente de que dentro de mim batia um coração cheio de amor (hahahahahahaa). Até esta manhã.

No caminho até meu trabalho passo por um rapaz deitado sobre um pedaço de papelão, em uma rua próxima a que havia ocorrido a situação anterior. Estava longe demais para conseguir distinguir. Como o local onde ele estava deitado fazia parte do meu caminho, passei ao lado dele. Olhei para baixo e vi o mesmo rapaz que havia me pedido os noventa centavos. Estava dormindo e, ao lado dele havia uma pequena pilha de biscoitos.

A única coisa que consigo pensar, depois que vi aquilo, é que talvez não tenha forma de não nos tornarmos (pelo menos eu) pessoas frias e desumanizadas. Talvez estejamos realmente fadados a vivermos em um mundo onde a indiferença e a frieza governam tudo. Onde a preocupação com o outro, com o mais fraco, inexiste. Onde as únicas coisas que valem são o dinheiro, o poder a o egoísmo.

Ainda há a esperança de que isso seja algo que acontece somente com algumas pessoas - e aí terei que me incluir entre elas. Soa amargo e decepcionante. Mais é mais fácil de suportar. Afinal, como nossos filhos viverão em um mundo que realmente está perdendo valores básicos de convivência e sentimentos que sempre foram inerentes a nossa espécie?

domingo, 16 de agosto de 2009

O fim dos tempos

Por mais loucuras que eu faça, sou, em essência, um conservador. Pelo menos para os tempos atuais. E, a cada dia que passa, dou mais razão a expressões usadas por meus avós e bizavós como "esse mundo está perdido", "é o fim dos tempos", entre outras. Em outro momento, com mais tempo, falo mais detalhadamente sobre este sentimento. Mas acho que é só olharmos em volta e ver os absurdos que acontecem para percebemos como a coisa se perdeu de vez. E acho que, INFELIZMENTE, não há mais volta. É O FIM DOS TEMPOS!!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Erga-te"

Dei uma reativada no blog de música com um post sobre o documentário "Erga-te, Graforréia Xilarmônica", dirigido por Felipe Ferreira. Se alguém estiver interessado, é só clicar aqui.

Erga-te, Graforréia Xilarmônica ( este blog também)

A década de 1980 foi o auge da efervescência criativa do rock no Rio Grande do Sul. Se por um lado chegava o cabeçudo onipresente Humberto Gessinger com seu Engenheiros do Hawaii e o então quase politizado Nenhum de Nós (que depois chutou o balde e demonstrou, com toda a sinceridade, que o negócio da banda era fazer música pra tocar em rádio "jovem") no outro lado do campinho tinha uma galera que percebeu que o rock estava a serviço do escracho, da avacalhação e da rebeldia sem causa. E foi desse bando de guris com seus vinte e poucos anos que o Estado pariu os grupos mais relevantes do gênero. Cascavelletes, Replicantes, Garotos da Rua, TNT monstravam, de diversas formas, que o que valia mesmo era a curtição.

No meio disso tudo - o intelectualismo gessingeriano e a chacota de Flávio Basso - aparecia aquela que, talvez tenha sido a banda mais IMPORTANTE da história do rock gaúcho: a Graforréia Xilarmônica. Como um pequeno Frankenstein, o grupo se apoderou de tudo o que circulava na música por aqueles tempos, pegou mais um pouquinho da Jovem Guarda. Lapidou tudo aquilo e deu ao mundo músicas que aliam elementos tão inesperados e extremos que resultados que, justamente por sua estranheza, beiravam a perfeição.

O grupo, que começou como um quarteto mas teve sua formação clássica como um trio, terminou em 2000 e, na época, deixou só dois discos de estúdio e algumas demos. Mas voltou a ativa em 2007 como um dos pouquíssimos retornos que soaram sinceros.

Há um tempinho, fuçando na internet, encontrei o documentário "Erga-te, Graforréia Xilarmônica" (dirigido por Felipe Ferreira postado no YouTube, contando a história da banda, que é tão surpreendente quanto as músicas. Então, depois de um tempo inativo, decidi dar uma remexida por aqui e postar o documentário. São sete partes que, entre depoimentos, apresentações ao vivo e loucuragenss, valem cada segundo. Pela diversão e também pelo conteúdo.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6


Parte 7


Ah, queria agradecer à moça que elogiou o blog no último post. Foi o primeiro elogio e renovou minha vonta de brincar por aqui. É sempre bom saber que o que a gente faz agrada às outras pessoas (por mais que eu finja qque não me importo). Valeu mesmo!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Considerações sobre o ABSURDO projeto que restringe o horário dos supermercados em Novo Hamburgo

Em um episódio que demonstra o senso interiorano de Novo Hamburgo, a Câmara de Vereadores votou ontem projeto de lei que limita o horário de funcionamento dos supermercados, hipermercados e atacados. Se aprovado, estes estabelecimentos terão que fechar às 20h (de segunda a sábad) e ao meio-dia, aos domingos. A votação, em primeiro turno, ocorreu ontem a noite, em sessão tumultuada e a medida foi aprovada. O tema entra em pauta novamente amanhã. Não costumo usar meu tempo para escrever para políticos, mas está é uma situação absurda usei parte do meu dia para redigir um e-mail que enviei a pouco aos vereadores. Escrever essas coisas enquanto se trabalha é quase suicídio, então o texto ficou meia-boca. Enfim, segue, abaixo, a íntegra:
Srs. Vereadores:

Como cidadão hamburguense - em dia com meus impostos, taxas e contribuições para com o erário - e ainda crente na importância do Poder Legislativo para o bom andamento de uma democracia, não posso deixar de me posicionar contra o projeto de lei que tramita na Câmara Municipal de Vereadores de nossa cidade que altera (e restringe) o horário de funcionamento dos supermercados, hipermercados e atacados.

Tenho ciência que a segurança pública é um problema de imensas proporções em nossa cidade e que precisa ser combatida. Também sei da importância dos pequenos estabelecimentos comerciais (muitas vezes familiares) e as dificuldades que estes passam em razão da concorrência das grandes empresas. Esta medida em votação, no entanto, não resolvem nenhum dos dois problemas e, além disso, ainda trazem mais dificuldades para o dia-a-dia da população. Seguem, abaixo, algumas considerações que justificam minha posição:

1 - Muitos moradores de Novo Hamburgo necessitam se deslocar para outras cidades por questões relacionadas a trabalho. Boa parte deles - incluindo eu - só retornam a nossa cidade à noite, muitas vezes após às 20h. No meu caso, costumo me deslocar para Porto Alegrer às 7h e estar de volta somente por volta da 19h30min, na melhor das hipóteses. Não tendo condições de adiquirir um veículo, utilizo-me do transporte público, o que dificulta ainda mais meu deslocamento. Se este projeto for aprovado eu e milhares de outros hamburguenses teremos grandes dificuldades para irmos ao supermercado. Não vou nem citar a situação daqueles que, além de trabalhar em turno integral, precisam estudar a noite.
Mas não são apenas aqueles que precisam locomover-se para outras cidades que serão prejudicados. Muitos dos moradores de Novo Hamburgo têm compromissos (trabalho, estudos, problemas de saúde) que lhes tomam o dia inteiro. O período da noite costuma ser o ideal para abastecer seus lares. Prova disso é a imensa quantidade de pessoas que frequentam mercados entre 19h e 22h (horário de fechamento dos estabelecimentos atualmente).

2 - A redução do horário de funcionamento dos supermercados, hipermercados, atacados e estabelecimentos do gênero irá, com certeza, trazer desemprego para nossa cidade. Novo Hamburgo já está sofrendo bastante com os efeitos da crise no setor calçadista e não precisa de mais ações para deixar as pessoas sem trabalho.

3 - A violência não irá diminuir com a alteração proposta pelo projeto. Os bandidos continuarão nas ruas, prontos para se aproveitarem dos cidadãos de bem. Podem não atacar os minimercado (pelo menos não com as portas abertas), mas terão outras oportunidades mil (furtar carros, assaltar motoristas e pedestres, só para citar casos mais comuns). A iniciativa pode, na verdade, contribuir para o aumento da violência, pois o desemprego tende a levar pessoas ao crime.

Acredito que realmente vivemos uma época em que devemos proteger os pequenos empreendedores - sejam eles do ramo do comércio, indústria ou prestação de serviços. Mas atitudes paliativas, como a que está em votação, só trazem prejuízo para a população, além de serem um retrocesso dentro de um sistema onde os cidadãos são obrigados a manter uma rotina diária com excessivos compromissos e precisam utilizar-se de horários alternativos para seus compromissos pessoais e familiares.

Devemos, sim, encontrar formas de incentivar nossos pequenos empresários, fazê-los prosperar e, principalmente, sentirem-se seguros em seus estabelecimentos. Desta forma, coloco-me a disposição de nossos legisladores para que possamos em conjunto - Poderes Legislativo e Executivo e sociedade - tomarmos ações que realmente contribuam para a prosperidade e o crescimento econômico sustentável de Novo Hamburgo

Certo que esta mensagem será analisada e confiante no trabalho de nosso Legislativo municipal, firmo-me,


Fagner Vinícius Monteiro Marques
Cidadão hamburguense

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Política

Ontem, conversava com um amigo via twitter - se é que é possível conversar em 140 caracteres - sobre a crise institucional no governo Yeda. Estávamos em lados diferentes. Ele, bradava aos quatro ventos a injustiça daquele episódio, afirmando confiança na idoneidade da governadora e argumentando que ela havia provado que não existiram os desvios do Detran e que a sua tão famosa casa fora comprada de forma lícita.

Eu, alegando que ela não havia provado nada, mas que agora teria a oportunidade de fazê-lo. Tentei minimizar ao mínimo o papo, primeiro, devido ao pouco espaço que o twitter nos reserva, depois porque já perdi amigos conversando sobre política, futebol, música ou religião (e por diversas outras razões, também. hehehe).

A conversa descambou para acusações que incluiam como o ministro da Justiça utilizou-se da Polícia Federal num jogo político com a única intenção de denegrir a imagem da governadora. Também sobrou espaço para comparações entre PT e PSDB e para a figura INATINGÍVEL do nosso coronel Sarney.

Em resposta, preferi apenas alertá-lo que comparações deste porte costumam levar a lugar algum. Que não devemos justificar o abrandamento de um crime (no caso, as acusações de desvio de mais de R$ 44 milhões por meio de operações irregulares do Detran, além da formação de Caixa 2 durante a campanha eleitoral) comparando-o a um BANDIDO QUE NÃO FOI CONDENADO (acho desnecessário gastar linhas e mais linhas listando todos os esquemas, maracutaias e falcatruas que o presidente do NOSSO Senado está envolvido, não é?).

Evitar acusações foi uma escolha que me fez lembrar alguns dos acontecimentos de oito ou nove anos atrás, quando ingressei no curso de Jornalismo.

Era um apaixonado por tudo aquilo. No dia em que consegui um estágio em um pequeno jornal do interior, transbordava de empolgação. Um mundo novo parecia se abrir diante de mim. Claro, com o tempo fui ver que tudo aquilo era ilusão de adolescente esquerdista. Mas uma coisa me marcou muito, muito fundo.

Não, não foi o primeiro acidente que eu tive que cobrir, quando vi corpos despedaçados e veículos amassados como se fossem de papel. Também não foi quando precisava fazer retratos de ladrões e assassinos e pensava se um dia algum deles me encontraria na rua e decidiria que tinha contas a acertar comigo. Menos ainda, no dia na minha primeira boca livre.


Nunca vou esquecer do dia em que meu chefe chegou para mim e disse: "Fagner, nossa cobertura de política tá uma merda. Preciso de alguém o tempo todo atrás de notícias. Sei que tu é bom e quero que passe o dia inteiro atrás dessa gente". Aquele elogio foi tão verdadeiro quanto uma esmeralda amarela, mas, mesmo assim, era, de alguma maneira, uma forma de demonstrar confiança. Mas também não foi isto que me marcou.

Foi minha entrada na editoria da política que vai ficar para sempre na minha memória. Mesmo em uma cidade minúscula, a a política é envolvente, instigante. Como uma mulher muito bonita, que nos deixa embasbacado e sem saber como agir. E, por isso mesmo, deve-se ter MUITO CUIDADO com ela. Aprendi, ali, a ter os dois pés atrás, a não me envolver demais, a ter muit cautela porque aquela beleza, aquela sensualidade, não passa de uma imensa armadilha pronta para te pegar no primeiro deslize. Esses poucos meses que passei fazendo jornalismo político (depois troquei tudo pela burocracia de meu emprego atual) serviram como experiência de crescimento.

Hoje, penso muito bem antes de atacar, quando o assunto é política. Mas, PRINCIPALMENTE, não coloco minha mão no fogo por NINGUÉM nessa área.

Então, tudo o que quero é que a história da Yeda seja resolvida e, se for o caso, ela seja exemplarmente punida. Mas, por enquanto, prefiro apenas acompanhar os fatos e ir assimilando o que é jogo do que é real - embora muitas vezes as duas coisas se confundam e pareçam ser uma só.

Claro, tenho MINHAS conclusões momentâneas. Mas, por enquanto, elas ficam guardadas.

P.s.: Sim, eu confesso que estou - pelo menos publicamente - em cima do muro. Talvez seja até mesmo meio INOCENTE. Mas de brados e acusações o Estado e o país estão cheios. Prefiro aguardar, neste caso.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

K&K

Claro que, quando comparados ao irmão Vitor, Kleiton e Kledir são meros coadjuvantes. Coadjuvantes BREGAS, diga-se. Mas, nessa cafonice quase nonsense deles, compuseram uma das músicas mais bonitas do cancioneiro de nosso Estado, quiçá do Brasil: Paixão.
É, talvez, uma das músicas mais lúdicas e eróticas que falem sobre química entre duas pessoas. Claro, para outras pessoas, podem existir outros mil significados. Mas para mim é química. E, hoje, eu vejo e sinto o que essa música como algo real.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A espera

Esperou meses para aquilo. Sabia que deveria ser feito e sabia dos riscos de tudo aquilo. Toda a confiança, até então inabalada, tinha grande chances de ruir. Mesmo assim, precisava fazer. Não conseguiria guardar algo que pesasse tanto. Afinal, havia se comprometido - com ela, mas, principalmente, consigo mesmo, a manter tudo às claras - acima de qualquer outra coisa.

A espera foi dura, amarga. Mas ele precisava aguardar. Precisava sentir que realmente poderia confiar nela. Que ela havia se envolvido. Não que isso fosse garantia de êxito, muito pelo contrário. Mas era pura e simplesmente necessário.

Esperou até a hora certa (se é que nessas situações existe hora certa) e abriu-se. Foi mais cruel do que o necessário, mais duro, mais enfático. Acabou, no meio de tudo, incluindo alguns detalhes que justificassem aquilo, naquele momento. Teve a reação esperada.

Obviamente, não desistiu. Continua tentando. Sua mãe - ah, aquela mulher que lhe daria uma bofetada para que aprendesse - lhe ensinou a não desistir. Não sabe se dará certo, mas sente-se tranquilo. Sabe da sua falha e sabe que aprendeu com ela. Foi outra lição que aprendeu: a gente sempre aprende com nossos erros.